Sem selos mas com confiança!

Segundo a lei 10.831/2003, para poder escrever que “nossos produtos são orgânicos”, a gente deveria obter algum tipo de certificação. 

Isto pode ser feito:

  1. através de uma certificadora (empresa auditora externa, não sem antes pagar um elevado preço pelo serviço);
  2. através de sistemas participativos (mecanismos de certificação em grupo, onde os mesmos participantes: produtores, consumidores… são quem certificam). Existem 2 tipos:
    1. Sistemas Participativos de Garantia (SPG)
    2. Organizações de Controle Social (OCS).

A gente acha que é bom obter um selo e assim poder escrever o que nossos produtos são, sem medo de ser multados porque não temos um selo que nos permita falar isso… mas nos trabalhos do dia-a-dia, sempre acabamos priorizando trabalhar a terra, fazer visitas de trabalho nas roças dos parceiros do projeto quando alguém precisa de uma força, e outras tarefas relacionadas com o projeto Uilikandé… e acabamos não conseguindo ter o tempo para agilizar a burocracia que permita nos organizar em OCS ou SPG. Mas algum dia chegamos lá! Enquanto isso, nossa certificadora somos nós (produtores e consumidores!), por isso convidamos vocês a visitar nossas roças sempre que quiserem (não tem selo melhor que isso!). Pra ajudar a identificar o que é um produto orgânico, no próximo sábado (dia 9) vamos ter uma roda de conversa com o Cido, na IV Sem Reais (Feira de trocas de sementes, mudas, saberes… e tudo mais!).

Essa quarta-feira, o Cido (da roça do Araribá) veio nos dar uma força na roça da Folha Seca:

 

Preparo do solo para plantio das mudinhas de tomate: depois de ter colocado o calcário (calagem), em vez de levantar canteiros, ele nos aconselhou riscar e colocar os adubos que tínhamos preparado (torta de mamona, farinha de osso e esterco de codorna).

 

Deixaremos os adubos orgânicos curtindo durante uma semana, para depois colocar as mudinhas.

4 mudinhas já colocadas nos riscos, como exemplo para vermos como deveremos plantar as mudas.

Quando as mudas atingirem essa altura, será o momento de subirmos a terra, pra dar mais força ao pé.

 

Depois da visita do Cido, a gente foi no dia seguinte na roça dele pra dar uma força, subindo canteiros:

 

A roça do Cido está bem cheia de mudas que em breve virarão produtos com os que oferecermos umas cestas padrão da semana do Uilikandé bem gostosas!

Tem batata doce:

 

Brócolis

Tomate (estacado com tripé de bambu):

Alface crespa:

 

Repolho roxo, milho, brócolis, vagem:

 

 
   

 

Ervilha torta:

 

Acelga:

 

 

 Vagem:

 

Coco seco:

   
 

 

Cenoura:

 

Cebolinha:

 

Bom, enquanto a gente não consiga ter o selo… seguiremos focando nossas energias em produzir uns alimentos livres de agrotóxicos, recuperando a fertilidade da terra com adubos orgânicos (tentando cada vez diminuir mais a compra de insumos, pra sermos autônomos na produção dos nossos alimentos e os da terra também) e trabalhando juntos, numa parceria sincera (sem selos, mas com confiança)! 

 

E com a ajuda dos “parceiros espontâneos”… agradecemos MUITO a força que nos deu o Tomás (argentino que está viajando desde Buenos Aires numa bicicleta de bambu, trocando alimentação e hospedagem por trabalho; aqui a página da sua viagem). Sem palavras pra agradecer as boas energias e o trabalho com que nos presenteou durante sua estadia! Buen viaje, compañero!! Volte sempre!

   

 

Para entrar em contato conosco: Projeto Uilikandé – organicosubatuba@gmail.com – (12) 997 779 877

(ou apareçam na próxima feira de trocas! Próximo sábado, dia 9/07/2016, das 10h às 17h, no Jardim Cultural: R.Guarani, 345. Bairro do Itaguá – Ubatuba/SP)

 

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